terça-feira, 22 de abril de 2008

Num olhar para o que fica…





Para trás ficam fragmentos de sorriso, gentes e momentos. Para trás ficam histórinhas de um quotidiano anormal para o comum dos errantes. Ficam desejos dourados e concretizações poucas. Ficam copos que se erguem em celebração da felicidade fugaz e fica o sangue das vinhas que estimula os corpos.
Ficam beijos dados e roubados na penumbra. Fica a exaltação do belo.
Fica a mesa incompleta e a família adoptiva.

Mas para trás não ficam as recordações de tantos grãos de areia que fizeram areais nem de ventos que fizeram tempestades.
Enquanto a lembrança suportar carrego-vos comigo.